tag:blogger.com,1999:blog-6205312979143223982024-03-05T01:52:19.117-08:00Gestão de TudoPapito Pindobahttp://www.blogger.com/profile/07812447338936685551noreply@blogger.comBlogger1125tag:blogger.com,1999:blog-620531297914322398.post-35317350719866108822014-05-29T06:28:00.003-07:002014-05-29T06:40:16.439-07:00QUAL É O PROBLEMA COM A ZONA DE CONFORTO?<div align="right" class="MsoNormal" style="text-align: right;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Pelo tempo que trabalho com T&D, cansei de ouvir a expressão “sair da zona de conforto”.
Já ouvimos várias vezes a mesma expressão, mas ouvi-la <i>ad nauseum</i> como hoje em dia, em que congressistas, palestrantes,
gurus motivacionais e donas de casa repetem-na como um mantra para ter uma vida
melhor, é exagero.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Pesquisas sobre o assunto nos dizem
que é fora da famigerada zona que surge a inovação, a criatividade, a paz no
Oriente Médio e qualquer outra coisa que queira atribuir-se. Contudo, o ditado
“o diabo não é tão feio quanto pintam” é aplicável aqui. Demoniza-se de tal
forma essa zona de conforto que todos acabam querendo sair dela a todo custo,
mesmo que isso custe seu bem-estar, ou seu... conforto. Uma rápida busca com as
palavras “como obter conforto” no Google, gerou 12,4 milhões de resultados. Uma
nova consulta sobre “como sair da zona de conforto” retorna 1,2 milhões de
respostas. Uma em cada 10 pessoas tenta fugir do conforto que lutaram para
conseguir.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh9AlsSwSxi8VI0PPxvxKb9_rRYlHzhzIWkTwZxXy4p3tUS4I_GMwIunEj3tM0FULj9ly8LQ0a_7HiDaz7QNSbGGAgvsYi-bnI5LMp-WB5oNhCyNDmIvKZmSiBQTrtes8JMgVFqhamvEGeo/s1600/Zonas_Melhoria_Esforco_Conforto.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh9AlsSwSxi8VI0PPxvxKb9_rRYlHzhzIWkTwZxXy4p3tUS4I_GMwIunEj3tM0FULj9ly8LQ0a_7HiDaz7QNSbGGAgvsYi-bnI5LMp-WB5oNhCyNDmIvKZmSiBQTrtes8JMgVFqhamvEGeo/s1600/Zonas_Melhoria_Esforco_Conforto.jpg" height="240" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Nunca tomei ciência de alguém que
devolve um colchão na loja por ser confortável demais. Seria contraproducente
ou, no mínimo, incoerente. Como a questão das “zonas” em T&D variam de
autor para autor, resolvi eu mesmo dividi-las em três e defini-las, a saber: <b>zona de conforto, zona de esforço</b> e <b>zona de melhoria</b>.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">A <b>zona de conforto</b>
é aquela em que nos sentimos confortáveis, e não há mal em sentir-se
confortável, já que é aquilo que buscamos para nós mesmos, durante toda a vida.
É a área/período de tempo/estado de espírito em que estamos satisfeitos,
acostumados, tranqüilos, aptos, bem treinados, competentes.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">A <b>zona
de esforço</b> é a zona em que inovamos e buscamos algo novo. É o estado de
espírito em que nos encontramos quando nos matriculamos em um curso de
extensão, estudamos outra área, tentamos conhecer novos assuntos, empreendemos
e começamos novos negócios, sejam novas carreiras, sociedades ou nossa própria
empresa.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">A <b>zona
de melhoria</b> é aquela em que consolidamos, damos acabamento e “polimos”
aquilo que previamente conquistamos. É o período de tempo em que fazemos a
“versão <st1:metricconverter productid="1.1”" w:st="on">1.1”</st1:metricconverter>,
conversamos com outros fornecedores para conseguirmos melhores acordos, refinamos
nossa logística e sistema de entregas ou aprimoramos nossos atendimentos
on-line.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Depois de passar por essas três zonas,
retornamos à primeira, a nossa zona de conforto, fazendo o ciclo de aceitação,
inovação e consolidação. Ou nascer, crescer e morrer. Ou qualquer outro ciclo
de três etapas. Então, qual é o grande problema da zona de conforto, já que <i>temos</i> que passar por ela? Seria como
pular etapas, reclamar que alguém está envelhecendo, ou reclamar de ter de arrumar
a cama para depois bagunçá-la. O problema maior aí, e que poucas pessoas dão-se
ao luxo de refletir sobre, é deter-se em uma única área/período de tempo/estado
de espírito por um tempo demasiado longo, e não o tal conforto. O problema é
confundir zona de conforto com <b>zona de
conformismo</b>.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Parar na <b>zona de conforto</b> nos leva ao comodismo, à fobia de mudanças,
negarmos toda e qualquer oportunidade de aprendizado e melhoria, e citando a
banda Deadfish em sua música “Bem Vindo ao Clube”; nos tornarmos estáveis sem
estarmos bem, pensar apenas em engordar e envelhecer.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Até mesmo a <b>zona de esforço</b> pode ser perniciosa se nos detivermos apenas nela.
Sofreremos do “Mal da Nunca Finalização”, também conhecido como “Síndrome do
Empreendedorismo Infinito”, em que o portador inicia diversos trabalhos em
rápida sequência e sucessão, sem ser capaz de levar a cabo qualquer desses
projetos. Além disso, eles vivem tanto em idéias arrojadas que não são capazes
de implantá-las e se o fazem, não a melhoram, deixando-a rapidamente de lado
para começar outro projeto igualmente arrojado. Como uma criança que deixa de
lado um brinquedo velho por um novo, ou alguém que nunca dá uma segunda demão
de tinta.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Por fim, puxar o freio de mão na <b>zona de melhoria</b> não deixa de ser tão
prejudicial como qualquer dos parágrafos anteriores: é onde nos focamos apenas
em tornar uma idéia maravilhosa, e deixamos de lado todas as outras. É onde
restringimos nossa visão em apenas um produto, um público, uma medida, e
esquecemos de todo o resto. É como fazer supino com um braço só, e deixar o
outro fino e ressequido. Não que não devamos ter foco em um produto ou serviço,
mas focar-se tão somente nisso... bem, todos vimos onde as máquinas de escrever,
aparelhos de videocassete e os disquetes mais avançados da época foram parar!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Enfim, não importa qual seja sua ou a
minha religião: os ensinamentos de Buda ou quaisquer outros gurus sobre
autocontrole, temperança e o chamado “caminho do meio” não deixam de ser
verdadeiros. Focar-se demais em inovar, em melhorar, ou deixar como está, pode
ser uma armadilha que nós colocamos no nosso próprio caminho. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Há campos que precisam de uma revisão
de conceitos, injeção de fôlego, novas ideias e olhares, visto que a mesmice
estagnou a visão dos especialistas. Há coisas na vida que precisamos melhorar, sem
necessariamente reinventar a roda. Apesar de ser muito bonito o discurso de que
precisamos inovar sempre, não temos que inovar o tempo todo, todo o tempo. E
finalmente, há momentos em que devemos, de maneira comprometida, jogar os pés para
o alto, o corpo para trás e curtirmos o ritmo da vida, desfrutarmos do conforto
que tanto suamos, trabalhamos e lutamos para conquistar e merecer; pois quem
não para de vez em quando para curtir a paisagem até chega ao destino, mas não
se pode dizer que aproveitou a viagem.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Afinal, quem garante que algum dos “planos
infalíveis” do Cebolinha não teria funcionado do jeitinho que ele esperava, se
ele fizesse uma “versão <st1:metricconverter productid="1.2”" w:st="on">1.2”</st1:metricconverter>?<o:p></o:p></span></div>
Papito Pindobahttp://www.blogger.com/profile/07812447338936685551noreply@blogger.com0